Trombofilia: entenda a condição e como se cuidar

TROMBOFILIA

TROMBOFILIA: Entenda a condição e como se cuidar
A trombofilia é uma tendência a desenvolver trombos, ou seja, a predisposição a formação de coágulos no sistema vascular.
Esses coágulos podem entupir a circulação dos vasos sanguíneos e ocasionar diversos problemas, como abortos no caso delas, abortos de repetição, ou tromboses profundas ou superficiais.

Existem dois tipos de trombofilia, a hereditária e a adquirida.
A hereditária está diretamente relacionada a algum defeito genético que interfere na coagulação, e a adquirida são aquelas onde há um evento clínico específico que aumenta o risco de trombose, como a síndrome do anticorpo antifosfolípide, obesidade, uso de anticoncepcional, entre outros fatores.

Nos últimos anos, os casos de trombofilia obtiveram um aumento que se deu pelos avanços no diagnóstico laboratorial.
A utilização de exames de imagem, como ultrassom vascular e tomografia, identificam a trombose venosa em pequenos vasos que, a olho nu, não são evidentes.
Também aumenta a suspeita de trombofilia em casos de trombose em pacientes com menos de 45 anos, que são jovens.

No estado gestacional, as mulheres tendem a maior incidência de eventos trombóticos devido às variações hormonais, mesmo sem fator hereditário envolvido.
Já em idade mais avançada, os homens têm incidência pouco maior.

Sintomas, complicações e como diagnosticar trombofilia

Os sintomas da trombofilia são os decorrentes do local e extensão da trombose, sendo os mais frequentes dor e edema em membros inferiores - local este de maior acometimento.
Pode ocorrer em membros superiores, em vasos intra-abdominais e até cerebrais.

No entanto, é válido ficar atento a situações que apresentem dor nas pernas ao caminhar, de repouso ou parada, inchaço de apenas um membro e pele azulada no local, além de dor e endurecimento de alguma veia.
Estes podem ser alguns sintomas, mas não significa que o diagnóstico seja obrigatoriamente de trombose, é necessária avaliação médica e exames específicos.

De qualquer forma, as principais complicações da trombofilia podem ser: trombose cerebral, embolia pulmonar, AVC, além de diversas intercorrências na gravidez como restrição de crescimento fetal, abortamento de repetição, abortos no início da gestação, perda fetal tardia, pré-eclâmpsia, aumento da pressão arterial, descolamento de placenta.

A prevenção só é possível quando se conhece o histórico familiar, nos casos das hereditárias.
Já para as adquiridas é recomendado conhecer os fatores de risco como imobilização prolongada e cirurgias, para utilizar recursos de prevenção.
Estes recursos podem variar desde medidas simples como meias de compressão elásticas até uso de anticoagulação específica, que “afinam o sangue” para evitar trombos.

Para as trombofilias hereditárias não há cura, mas é eficaz o controle da mesma.
Em situações específicas, como imobilização por fraturas com cirurgias em membros inferiores, por exemplo, o risco cessa após a recuperação total do quadro.

Os fatores que minimizam os casos de trombose é manter-se bem hidratado e evitar longos períodos de imobilidade, como acontece em viagens prolongadas de avião.
Além disso, em alguns casos e dependendo da situação do paciente, recomenda-se o acompanhamento médico com vascular, hematologista ou obstetra de alto risco.

Fonte: Engeplus